sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SOBREVIVA!






“Levando em frente
um coração dependente
Viciado em amar errado
Crente que o que ele sente é sagrado
É tudo uma piada!” Cazuza











Deveríamos nos conhecer a no mínimo, anos, porque é tanto passado nessa nossa história, tanta ilusão, tanto assunto mal resolvido, que me canso de ti sem te conhecer muito mais do que esse teu cheiro doce que não sai de dentro do meu nariz. Ou seria um cheiro forte dentro de uma doce lembrança?

Quase nunca penso ser cedo, quando assim penso, é porque já não quero tanto, por isso me faço de moça com medo das “desvirgindades” da vida. Te quero, e mesmo assim estou eu aqui nesse lugar de moça adorável, tendo a certeza que se te mostrar quem sou, te cegaria, te confundiria com tantas informações. E se você sobrevivesse ao susto de me ver tal como sou, ainda enfrentaríamos leões, escorpiões e aquários para enfim dizer: -sobrevivemos !
Me deito e tenho preguiça de pensar em ti, “acaricio” o passado como quem passa a mão na película d’água, bem mansamente e triste, enquanto receio o futuro mas o encaro com um olhar de cavalo brabo pronto a dar pinotes. (sempre pronta a dar pinotes)
Nossa história é muito antiga pra algo tão cheirando a novo como a gente, é muita carga nesse nosso caminhão que nem tivemos a coragem de sair da primeira marcha... Mas baby, não vou fugir de ti, não é do meu feitio –finja pelo menos que não seja­– mas o que me ofereces é indigno e odioso, à quem olhar. E mesmo me conhecendo pouco deves saber que gosto da emoção de não saber e mesmo assim caminhar. Estar contigo é como tapar os olhos, rodar o dedo e apontar o filme que vou assistir cegamente, sabendo que só um dos oito filmes em cartaz é o que me interessa. Mas de alguma forma, me conforta saber que perdendo ou ganhando, com pipoca ou com doritos, se esse filme for ruim, é o seu cheiro que vou sentir quando tapar os olhos ao filme e ter você ao meu lado para beijar.­


– Ully Stella

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