sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mão Grande

O teu olhar me encorajava a não desanimar da vida.
E juntos, seguimos atados pela estrada,
Que é feita de sonhos,
De tristezas e risos.” Fábio de Melo
















Hoje vi meu santo triste, nem nosso abraço saltitante imitando uma mãe e seu filhote canguru (depois de tanto tempo) foi capaz de aliviar a tensão daqueles ombros grandes, pra ele enfim, me dar aquele sorriso alto em altura e expansão...
Vivemos lendo frases feitas, e fingimos que as entendemos, claro, somos seres completamente capazes de total entendimento, ai de quem não entenda, mas sentir? (Não foi atoa o nome do blog) A “sensação do sentir”, é inexplicável, inelegível, ou qualquer palavra complicada que acabe com ‘vel’ que possa existir: "(...) O sorriso de quem sofre é ainda mais lindo, pois além de sofrer têm a capacidadede sorrir"
Seu sorriso nunca enganaria a ninguém, e talvez nem fosse a sua intenção enganar. Mas bastou pro meu coração. Já basta as penas de ser quem você é. Qualquer um no seu lugar de santo, surtaria, sem pensar nos males que suas atitudes fariam aos outros e a si mesmo, mas o santo não, o santo chora à noite até cansar e dormir, acorda no outro dia e trabalha, e reza, e pensa no futuro, e vai estudar, e quer ser, e quer, e quer e sofre, ainda arranja espaço pra ser lindo e encantador, mas não para, quando todos já estariam em coma ou não sairiam da cama.
Santo, eu pequei: menti pra ti. Menti quando disse que estava bem, tenho chorado demais... Mas quando vi que além de tudo que te atropelava na vida, você ainda tinha a preocupação de saber se eu estava bem, é como se todos os meus míseros problemas caíssem por terra, e fossem sugados, tão frágeis que eram, como água de chuva em terra seca. E agora sou feliz, porque sim, porque eu tenho quem pergunte. Porque eu acabei acreditando que valia à pena viver, quando você me abriu os braços e me abraçou por um eterno quase minuto, porque me sinto importante segurando a sua mão tão grande...
Em quanto todos me odiavam sem por que, você me amou sem um por que, fui um dos seus propósitos de vida. Qualquer um é capaz de dar uma amizade, o que você fez por mim, ainda não tem nome, ou sentido próprio, ainda não escreveram em livros de romance, nem colocaram em longa metragem, é nosso. Por isso sei que se morresse hoje (Deus que nos livre e guarde!) não tem outro lugar pra ti, meu santo, é o céu, ao lado dele, sem prévias cogitações de outro lugar mais frio ou mais quente, porque o que tu fazes por mim, ninguém mas faria, ou se arriscaria por alguém tão despreocupado e inconstante. Pois o papel dos santos não é esse? Interceder à Deus por quem lhe pede? Pois então, te canonizo! Santo Rodrigo, defensor das causas impossíveis, ou das Ullys impossíveis ou das causas impossíveis da Ully (desde uma antiga carta). Se antes eu quase precisava de você, hoje se assustaria com a quantidade de espaço que tem de você em mim, jamais se sentiria sufocado!

Entendi o verdadeiro sentido de amar, quando quis suprir e sentir as dores de alguém, pra que ele não as sentisse. Entendi que nada do que eu ja fiz no mundo, foi mais importante do que você me conceder a mão naquele momento.
Te amo, meu grandiosíssimo melhor amigo, e confesso que me senti impotente a, depois de tudo, te servir só com um abraço e um “Vai passar”.

Para: Rodrigo Medeiros

Um comentário:

  1. Que bela declaração...usa bem e com amor as palavras! E com certeza, "sentir" é inexplicavelmente maravilhoso!

    ResponderExcluir