domingo, 17 de abril de 2011

Jus Ao Nome


Faltam comparações que bata de frente com a raiva que sinto, quando me comparam...
O esmalte da sua mão, é a minha mão no bolso. O teu asfalto é o meu gramado, minha terra. O teu salto é o meu descalço. A sua conversa é o meu tédio, a tua lábia, meu veneno.  Tua mentira, minha repulsa. Minha verdade, meu escudo. Tua ficção, minhas histórias. Tua vergonha, é a minha dança. Tua maior diversão é o meu sorriso forçado.  Sua loucura é o meu romance. Teu incômodo, minha felicidade. Tuas curvas, minha leveza.  Teu momento, meu eterno.  Tua prisão, minhas asas. Teu agudo, é o meu silêncio. Meu silêncio, é o meu grito.  Qualquer abraço, meu refúgio.  O teu medo é a minha rotina. Tua rotina é o meu medo.
O sol que te bronzeia, me avermelha. A chuva que estraga seu cabelo, é a minha libertação. O que descartas, eu reciclo.  E ao final de cada dia, me ajoelho aos pés do que tu foges.
Para que serviria comparações entre o certo do errado, o seco do molhado, o doce do salgado... ? Por que eu seria alguém, que seria incapaz de ser quem eu sou?
Registrei em cartório tudo que você pensa ser impossível. Assinei ao lado da minha foto e digital. Teu impossível, é a minha idêntidade!

– Ully Stella

Um comentário:

  1. SIMPLESMENTE PERFEITOOOO!!! Assim mesmo, em caps lock pra vc não esuqecer!rs...adorei, poderia dedicar este texto agorinha mesmo a alguem...mas nem vale...de tão lindo que ficou pra tão ninguém que esse alguém é...parabens moça!

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